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Por que as pequenas empresas são essenciais na COP30?

A COP30 representa uma oportunidade única para o país se posicionar como líder global em desenvolvimento sustentável. No entanto, para que essa liderança seja genuína, é crucial que a voz das pequenas empresas, verdadeiros motores da bioeconomia e da conservação, seja amplificada e ouvida com atenção.
Esses empreendimentos são laboratórios vivos de inovação e sustentabilidade. Eles demonstram, na prática, que a floresta em pé é um ativo valiosíssimo, capaz de gerar renda, empregos e bem-estar para as comunidades locais, ao mesmo tempo em que protege a biodiversidade.
Em Rondônia, a Meu Pé de Árvore exemplifica a capacidade de transformar áreas degradadas em ecossistemas vibrantes, gerando renda para as famílias que dependem dela. No Pará, o Viveiro Florestal Ardosa, por sua vez, demonstra a importância de preservar a diversidade genética da Amazônia. E no Maranhão, a Memória Ancestral nos mostra o potencial inexplorado da biodiversidade amazônica para a produção de medicamentos inovadores, unindo ciência e sabedoria tradicional em prol da saúde humana.
Esses negócios formam apenas uma minúscula amostra do universo de pequenas empresas que estão, neste momento, em efervescência não apenas na Amazônia, mas em todo o país. Verdadeiros exemplos da economia circular, 32,7% dos pequenos empresários nacionais afirmam que têm abandonado o velho modelo linear de “extrair, produzir, consumir e descartar”, voltando para um sistema mais eficiente e sustentável, apoiados na reutilização, reparação, reciclagem e recuperação de materiais.
Ao dar espaço e voz a essas pequenas empresas, o Brasil apresentará ao mundo um modelo de desenvolvimento que vai além do discurso da sustentabilidade. Vamos apresentar resultados concretos, histórias de sucesso que inspiram e demonstram que é possível gerar riqueza preservando a floresta e a vida de seus habitantes.
A COP30 não pode ser apenas um palco para grandes corporações e governos. Ela precisa ser um espaço para que pequenas empresas compartilhem suas experiências e suas soluções. Ao ouvi-las, o Brasil terá a oportunidade de aprender com quem realmente entende a floresta e de construir um futuro mais justo, próspero e sustentável para todos.
O que realmente importa é que a COP30 pode transformar de maneira permanente a forma que o mundo se relaciona com a natureza. Estamos trabalhando na construção de uma nova geração de pequenos negócios, mais consciente, mais conectada ao seu território, mais preparada para os desafios e oportunidades de uma economia de baixo carbono. É uma oportunidade, pois o evento vai servir de inspiração na geração de novos negócios sustentáveis em todos os sentidos.
Para unir inovação e desenvolvimento na floresta, é preciso, antes de tudo, valorizar o conhecimento tradicional das comunidades indígenas e ribeirinhas, combinando-o com tecnologias modernas para criar soluções inovadoras e sustentáveis. É crucial desenvolver tecnologias adaptadas às condições da floresta, que sejam eficientes, de baixo custo e que utilizem recursos locais de forma sustentável.
O fomento à pesquisa e ao desenvolvimento é essencial, investindo para descobrir novos produtos e processos a partir da biodiversidade amazônica e para aprimorar as técnicas de produção e gestão existentes.
Já temos exemplos de empresas e projetos que estão unindo inovação e desenvolvimento na Amazônia, como negócios que utilizam tecnologias de ponta para monitorar a floresta, startups que desenvolvem produtos inovadores a partir de ingredientes amazônicos e projetos que promovem o uso sustentável dos recursos naturais.
O projeto de bioeconomia do Sebrae se concentra em impulsionar um desenvolvimento que seja simultaneamente sustentável e inovador. Para alcançar esse objetivo, atua no fortalecimento do empreendedorismo local, conectando e apoiando os empreendedores da região, com o intuito de elevar o patamar de desenvolvimento e atrair recursos que melhorem a qualidade de vida das comunidades.
As redes de inovação sustentável, as cadeias produtivas da bioeconomia, tudo isso veio para ficar. O Sebrae seguirá presente, como parceiro permanente do desenvolvimento local, promovendo políticas públicas, capacitação e acesso a mercados para esses empreendedores, mesmo depois que os holofotes da COP se apagarem.
Fonte: Agência Sebrae